Vivendo dias comuns

     "Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos"
Mateus 28:20
      Nem sempre os nossos dias são feitos de eventos e situações empolgantes. A verdade é que grande parte de nosso dia à dia é composto por rotinas, responsabilidades e preocupações comuns à vida humana. É normal que essas coisas ofusquem a alegria e o viço da vida. A Bíblia nos conta histórias fascinantes de homens e mulheres usados por Deus de uma forma sobrenatural para cumprir um propósito, mas essas histórias aconteceram em um determinado momento da vida dessas pessoas. O que será que acontecia nos dias não relatados pela bíblia? Será que entre as muitas revelações e situações de tirar o fôlego que Paulo viveu não havia a exaustão e a preocupação com seus negócios (fazer tendas)? Será que Davi não tinha dias de tédio e desinteresse em meio as suas funções reais? Somos tentados a achar que a vida de grandes homens e mulheres do passado e do presente eram ou são cheios de vivências arrebatadoras, mas acredito que todos vivem mais tempo em meio a um viver comum do que na adrenalina das grandes aventuras.
       Todos os dias podem se tornar especiais se aprendermos a estar contentes e satisfeitos com as coisas comuns sabendo que Deus está sempre presente. Entre as realizações das grandes promessas de Deus para nós, vem um período longo de conviver com o que é ordinário e trivial, mas nem por isso deixa de ser bom. O extraordinário está em enxergar Deus agindo e interagindo na simplicidade do ser.
Da próxima vez que for a padaria desfrute da sensação de poder prover para sua família um alimento gostoso que não faltou naquele dia e que vai te proporcionar um momento único ao redor de uma mesa com aqueles que você ama. Isso também é maravilhosamente empolgante.

“O segredo do contentamento é achar graça naquilo que aparentemente não tem graça nenhuma”
Confissão: Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele. Salmos 118:24



Argila nas mãos do Oleiro Jó disse a Deus, "As tuas mãos me plasmaram ... Lembra-te de que me formaste como em barro" (Jó 10:8,9). O que Jó disse, todos nós podemos dizer. Como criador de nossos corpos (Salmo 139:13-16) e "Pai espiritual" (Hebreus 12:9), ele predestinou aqueles a quem de antemão conheceu "para serem conformes à imagem de seu Filho" (Romanos 8:29). Paulo expressou confiança quanto aos filipenses: "... aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de Cristo Jesus" (Filipenses 1:6). Deus pode refazer-nos! Um dos maiores impedimentos para o cumprimento do propósito de Deus em nossa geração é a cada vez mais universal idéia de que "temos o direito de fazer o que nos agrada, e não é da conta de ninguém". Aquele que tem esta atitude para com as pessoas inevitavelmente terá a mesma para com Deus. De fato, não temos nós tratado Deus deste modo algumas vezes? "Desci à casa do oleiro, e eis que ele estava entregue à sua obra sobre as rodas. Como o vaso que o oleiro fazia de barro se lhe estragou na mão, tornou a fazer dele outro vaso, segundo bem lhe pareceu. Então, veio a mim a palavra do SENHOR: Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó casa de Israel?" (Jeremias 18:3-6). Deus pode fazer o mesmo conosco, como indivíduos. Saulo de Tarso era um vaso estragado enquanto resistia ao poder da palavra de Deus e "dava coices contra o aguilhão," mas quando ele perguntou, trêmulo, "Senhor, o que queres que eu faça?" Deus o transformou num vaso de honra. Não importa quanto possa estar estragada nossa própria vida, ou por quanto tempo tem estado nesta malformação, se quisermos dizer como o poema de Adelaid Pollard: Seja do teu próprio modo, SENHOR, seja do teu próprio modo! Tu és o Oleiro, eu sou a argila. Molda-me e faze-me conforme a tua vontade, Enquanto estou esperando, submissa e serena. Quando o Oleiro molda o Vaso Eledeixa no barro a sua digital
Você está disposto a deixar que o Senhor Jesus ponha em você a sua digital?
Estar nas mãos de Deus é algo maravilhoso. Quando estamos em suas mãos, podemos nos regozijar em suas promessas: “que os justos… estão nas mãos de Deus” (Eclesiastes 9.1). Cristo proferiu esta poderosa afirmação: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; E dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará da minha mão. Se temos tantas belas promessas de segurança, por que então, duvidamos em muitas circunstâncias? Por que não podemos resistir as tentações e os desânimos? Cristo está conosco – não há nada o que temer.

Assim nos ministra a Palavra de Deus: “E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.” (Romanos 8.28). Se você continuar lendo os versos restantes no capítulo 8 de Romanos, poderá ver que na vida teremos lutas, provas e grandes dificuldades – algo que Cristo mesmo havia advertido aos seus discípulos em João 16.33. É possível que até o mesmo inferno nos levante guerra. Nesse mundo sofremos, derramaremos lágrimas experimentaremos muitas dores, mas toda obra com um mesmo propósito: o nosso bem!

Sim, na verdade amamos ao Senhor, guardamos a sua Palavra e permaneceremos em Sua mão poderosa. Podemos confiar em sua bela promessa: “…que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Jesus Cristo” (Filipenses 1.6)

Ainda que seja doloroso, devemos estar dispostos a permanecer nas mãos do oleiro. E ainda que hoje não podemos compreender o “por quê” de tantas coisas, devemos permanecer firmes a essa promessa de amor e de lealdade que fizemos ao Senhor. Ainda que não saibamos o que o futuro nos trará, devemos estar seguros em relação a Quem dirige nossas vidas, o qual é Aquele que se chama Caminho, a Verdade e a Vida (João 14.6)

Prezado leitor, hoje quero muito te animar para que sigas nas ternas e amorosas mãos do Senhor. Em nenhuma parte da Bíblia há garantias para uma vida livre de problemas e sofrimentos, mas ela nos tem dado a garantia de que Cristo estará conosco até o fim. Com Cristo e sem Cristo sempre haverá problemas e tropeços. Nós temos decidido permanecer nas mãos do Oleiro, ainda que seja doloroso.