Existem o fácil e o difícil, o mais fácil e o mais difícil, o possível e o impossível. Todavia, o difícil pode se tornar fácil, o impossível pode se tornar possível. Quando Jesus disse:
“É mais difícil um rico entrar no reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha.” (Lc 18.25.)
O Senhor não estava dizendo que a salvação daquele jovem era literalmente
impossível, pois “o que é impossível para os homens é possível
para Deus” (Lc 18.27). Jesus mesmo ensinou que a fé no poder e na misericórdia de Deus, mesmo que pequena como o grão de mostarda, pode remover montanhas tão altas como o monte Hermon (Mt 17.20). A palavra impossível pertence ao vocabulário humano e nunca é pronunciada no céu. Para Deus não é impossível que o imoral deixe de ser imoral, que o idólatra deixe de ser idólatra, que o adúltero deixe de ser adúltero, que o homossexual deixe de ser homossexual, que o ladrão deixe de ser ladrão, que o avarento deixe de ser avarento, que o alcoolista deixa de ser alcoolista, que o caluniador deixe de ser caluniador, que o trapaceiro deixe de ser trapaceiro
(1Co 6.9-11). Pedro deixou de ser medroso ao extremo para ser corajoso ao extremo, João deixou de ser “filho do trovão” para ser o profeta do amor.
Aquele homem nascido em Tarso da Cilícia deixou de ser Saulo para ser Paulo, deixando de ser o perseguidor para ser perseguido-mor. Tomé deixou de ser incrédulo para ser crente. Depois do encontro com Jesus Cristo, o publicano Zaqueu distribuiu a metade de seus bens com os pobres e se dispôs a devolver quatro vezes mais o que porventura havia roubado dos outros. Uma vez perdoadas, as três mulheres envolvidas com pecados sexuais (a mulher samaritana, a mulher adúltera e a mulher pecadora) viveram vidas diferentes.
O Deus dos impossíveis “que se manifestou na conversão é o mesmo que se manifesta na santificação. É também o mesmo que se manifestará na glorificação de todos os crentes por ocasião da parusia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”
Desde o primeiro compêndido da história do cristianismo até hoje, milhares de indivíduos conhecidos por seus vícios e suas mazelas tornaram-se conhecidos por sua vida cristã.
É preciso diferenciar a santificação da conversão. Esta é a porta de entrada da vida cristã. Marca o início do comportamento pessoal como Jesus Cristo, quando ocorre uma profunda transformação de fé e de caráter, operado pela graça de Deus e pelo poder do Espírito Santo. Já a santificação é o processo contínuo e progressivo da vitória do convertido sobre suas tendências pecaminosas, sobre suas dificuldades pessoais, sobre a ditadura do eu, que precisa ser crucificado o tempo todo. Diz respeito também ao nível cada vez maior de conhecimento e comunhão com Deus e ao crescimento da fé, da submissão, do sentimento de dependência e da humildade. Não é um processo legalista e terrorista. Qualquer derrota pode ser admitida, confessada e perdoada, desde que tenha causado tristeza e arrependimento. A santificação bem-sucedida requer vigilância, devoção e obediência. O Deus dos impossíveis que se manifestou na conversão é o mesmo que se manifesta na santificação. É também o mesmo que se manifestará na glorificação de todos os crentes por ocasião da parusia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Naquele dia seremos semelhantes a ele (1Jo 3.2; Rm 8.29; 2Co 3.18)!
Haveria alguma coisa difícil ao Senhor?
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